Responsável pela prevenção de 40 mil casos anuais de meningite tuberculosa, BCG está disponível no SUS para crianças a partir do nascimento até os 4 anos
No próximo dia 1º de julho, o mundo comemora 102 anos da criação da vacina BCG (Bacilo Calmette-Guérin) utilizada na prevenção da tuberculose, uma doença transmitida pela saliva e materiais contaminados e causada pelo Mycobacterium tuberculosis, também chamado de bacilo de Koch. Hospitais e instituições de saúde de todo o mundo realizam ações para chamar a atenção da população para a importância da vacina.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, nos países onde a tuberculose é frequente e a vacina integra o programa de vacinação infantil, previna-se mais de 40 mil casos anuais de meningite tuberculosa. Impacto como este depende de alta cobertura vacinal, razão pela qual é tão importante que toda criança receba a vacina BCG.
Os sintomas da tuberculose ativa do pulmão são tosse, às vezes com expectoração e sangue, falta de ar, dores no peito, fraqueza, perda de peso, febre e suores, principalmente ao final do dia.
Pessoas saudáveis e infectadas podem não apresentar sintomas e, mesmo assim, transmitirem a bactéria. O contágio se dá de uma pessoa para a outra, através de gotículas de saliva da garganta. O compartilhamento de objetos não oferece risco. Pessoas com o sistema imunológico comprometido têm mais chance de desenvolver a doença, em especial, a forma grave e generalizada.
Para prevenir a tuberculose é necessário vacinar todas as crianças, a partir do nascimento até os 4 anos de idade. A vacina, em dose única, é oferecida, gratuitamente, nas Unidades Básicas de Saúde.
A vacina BCG não oferece eficácia de 100% na prevenção da tuberculose pulmonar, mas sua aplicação em massa permite a prevenção de formas graves da doença, como a meningite tuberculosa e a tuberculose miliar (forma disseminada).
Além das crianças, a vacina é indicada para pessoas de qualquer idade que convivam com portadores de hanseníase e estrangeiros, ainda não vacinados, que estejam de mudança para o Brasil.
No Brasil, embora a incidência de tuberculose pulmonar venha aumentando, quase não são mais registradas suas formas graves.
História
Criada em 1921 pelos pesquisadores Léon Calmette e Alphonse Guérin, dando origem ao nome BCG. Sua primeira utilização foi feita em uma criança recém-nascida de mãe que apresentava tuberculose. No Brasil, ela começou a ser usada em 1927.